Textos

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Uso de computadores e videogames para crianças e adolescentes

As crianças pré-escolares, manuseando teclas, fascinadas por sons e cores, sentem-se livres e brincam em frentes aos computadores. A criança também exercita a investigação, estimulando o gosto pela pesquisa, ajudando o seu desenvolvimento intelectual no que se refere às dimensões psicomotoras, cognitiva e afetivas.


1)Existem pontos positivos dos computadores ou videogames? Quais?
Sim, os jogos quando dosados adequadamente em relação ao tempo de uso diário e a escolha do tipo de jogo, são significativos no desenvolvimento emocional, cognitivo e até físico das crianças, dependendo do modelo do videogame.
Podem ser importantes para o aprimoramento do raciocínio lógico e matemático, para a capacidade de processar informações de forma rápida, para o aperfeiçoamento da concentração.

2)E quais os maiores pontos negativos?
Os pontos negativos se dão pela falta de controle dos pais ou dos próprios jovens em relação ao tempo de uso e ao tipo do jogo escolhido. O tempo excessivo em frente às televisões ou computadores utilizando videogame traz alguns problemas tais como:
-sedentarismo(diminuição da atividade física e prática de esportes)
-obesidade
-dores torácica e abdominal
-ansiedade
-cefaléia
-comportamentos agressivos
-dores músculo-esqueléticas.
Outro aspecto importante que deve ser ressaltado é a falta de socialização que pode ocorrer, bastante maléfica, pois a criança ou o jovem não desenvolve as principais atribuições para o meio social, comprometendo-os inclusive até na fase adulta. Em relação ao tipo de jogo, deve-se optar por jogos esportivos e educativos evitando os jogos que abusam da violência e tensão, que podem potencializar as atitudes violentas e sem consequência, principalmente das crianças no meio social que ela vive.



3)E como escolher os melhores jogos? Como os pais podem saber o que é prejudicial ou benéfico?-a faixa etária do videogame indicada pelo fabricante.
-escolha jogos relacionados a esporte, a raciocínio lógico matemático, a enigmas, a viagens, etc.



4)Os novos videogames (Wii, PS3) oferecem uma interação maior, com movimentos e até exercícios?
Eles são mesmo bons? Conta mesmo como exercícios ou as crianças ainda assim precisam de um tempo ao ar livre?

Esta nova geração de videogames traz um grande aliado que é a minimização do sedentarismo, mas para ele seguem as mesmas orientações em relação ao tipo e ao tempo de jogo, pois a socialização e o ar livre devem estar presentes na vida das nossas crianças.

Alguns games estão trazendo alguns problemas musculares, pois exigem esforços repetitivos que às vezes as crianças não estão acostumadas, e no ímpeto do jogo acabam ultrapassando seus próprios limites. Assim, vale a recomendação de se ter uma boa conversa com eles antes da estréia do novo videogame em relação ao um alongamento muscular prévio e alertando para as complicações futuras.

Fonte: http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com.br

Disgrafia motora (discaligrafia)

Seu filho tem estado inquieto, com lentidão para escrever ou a letra está ilegível?
 Se a resposta foi positiva, observe bem o caderno escolar e as atitudes da criança, pois ela pode estar com disgrafia, termo que representa a incapacidade de escrever corretamente.



Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores.

A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.

Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia.

A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.

Características:
- Lentidão na escrita.
- Letra ilegível.
- Escrita desorganizada.
- Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.
- Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
- Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.
- Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita
-Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.
-O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
-Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.

O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima.

Tipos:
Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:
Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever
Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.

Sabe-se que é necessário adquirir certo desenvolvimento ao nível de:

- coordenação visuo-motora para que se possam realizar os movimentos finos e precisos que exigem o desenho gráfico das letras;
da linguagem, para compreender o paralelismo entre o simbolismo da linguagem oral e da linguagem escrita;
-da percepção que possibilita a discriminação e a realização dos caracteres numa situação espacial determinada; cada letra dentro da palavra, das palavras na linha e no conjunto da folha de papel, assim como o sentido direcional de cada grafismo e da escrita em geral.

Orientações para os pais e Escola

- Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto(maiúsculas e minúsculas), números.
- Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar.
-Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.
-Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista.

-Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral e adaptações da prova (tamanho do espaço para escrita e na matemática(pode deixar utilizar a folha papel quadriculado 0,7x0,7 cm na escrita e na matemática - adição,subtração)
-Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas.
-Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.

Exercícios de Aperfeiçoamento
 O aperfeiçoamento da escrita tende a compensar os déficts na mesma, na medida em que se pretende melhorar os fatores funcionais que afetam o ato de escrever. Deste modo apresentam-se alguns recursos e exercícios que poderão ser úteis neste domínio.
A) Pautas
- Lisa unilineal: permite à criança apoiar corretamente a escrita, mas não dá resposta aos problemas de dimensão ou espaçamento.


- Lisa de duas linhas: as letras baixas são adequadamente situadas entre duas linhas, o que compensa parcialmente o problema das dimensão das letras.

- Quadriculdada: permite adequar a escrita em termos de dimensão e espacialização. Convém utilizar quadrículas grandes para que a criança não tenha de fazer um esforço perceptivo suplementar e desnecessário.

B) Exercícios de Aperfeiçoamento
-Transtornos de proporção
O uso de pautas quadriculadas pode corrigir os transtornos de dimensão das letras. Deve-se dar à criança algumas orientações: as letras ascendentes ou descendentes ocupam três quadrados, as letras baixas apenas uma.

- Transtornos de ligação entre entre letras
• Exercícios de reaprendizagem da forma das letras.
• Exercícios de repassar palavras e frases sem levantar o lápis.
• Pôr palavras com letras separadas para que a criança as una de forma correta.

- Transtornos de Espaçamento
O uso de pautas quadriculadas com o estabelecimento de deixar três quadriculas entre as palavras pode ajudar na homogeneidade do espaçamento.

- Posição do corpo (controle postural/apoio dos pés no chão)
-Posição da mão/dedos
-Posição do papel





Posições incorretas frequentes na disgrafia:


• o lápis é segurado com a colocação de dedo polegar por cima do mesmo. Desta forma, a mão cansa-se mais, uma vez que o dedo polegar tem uma função de suporte e ao colocar-se em cima do lápis atrasa a escrita e provoca sensações dolorosas ou de fadiga na mão.

• flexão excessiva de um ou vários dedos durante a escrita, o que gera sensações desagradáveis durante a escrita.

• inadequada postura do ângulo que forma a mão ao escrever com o papel. É mais comum entre canhotos, mas também acontece nos destros. Esta posição leva a fadiga e sensações dolorosas do punho.

• a criança segura o lápis com os dedos indicador e polegar.Progressivamente a criança deve ser ensinada a utilizar a pinça fina (indicador, polegar e médio).


A criança segura o lápis com os dedos indicador e polegar e estabiliza no dedo médio.Os dedos anular e mínimo tem a função estabilidade.Mobilidade na escrita são os dedos pinça fina (indicador e polegar).





Fonte: http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com.br
Preensão do lápis x caligrafia


A caligrafia é uma habilidade importante para as crianças em idade escolar. As dificuldades relacionadas à caligrafia podem ter consequências na participação bem sucedida da criança em atividades escolares e brincadeiras, podendo levar a problemas no desempenho escolar e a baixa autoestima.
Alguns estudos relacionados identificaram os componentes do desempenho que estão associados com a caligrafia; são eles:
-planejamento motor
-coordenação olho-mão
-percepção visual
-integração visomotora
-percepção cinestésica
-manipulação com as mãos

A pega(preensão) do lápis, a posição do papel, a postura sentada para escrever, a estabilidade e a mobilidade dos membros superiores são fatores ergonômicos que devem ser analisados quando a criança começa a escrever.
A qualidade da caligrafia
-velocidade,
-legibilidade
-espaçamento
-alinhamento
-tamanho e forma.

A pega(preensão) do lápis é um aspecto da caligrafia que tem sido abordado por terapeutas ocupacionais que trabalham com crianças com problemas de caligrafia. Embora a pega(preensão) em tripé dinâmica seja geralmente estimulada por educadores e terapeutas, existem numerosas variações de pega(preensão). Essas variações têm sido frequentemente observadas em crianças com caligrafia deficiente. Contudo, não está claro até que ponto uma pega(preensão) atípica contribui para a caligrafia deficiente.


Fonte:Sociedade Brasileira de Pediatria

quinta-feira, 22 de março de 2012

Projeto Alimentação Saudável

OBJETIVO GERAL:
 Promover o consumo de alimentos saudáveis e a consciência de sua contribuição para a promoção da saúde de uma forma atraente, lúdica e educativa.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Pesquisar e registrar sobre a alimentação da família;

- Buscar informações em diferentes fontes de forma a verificar e comprovar hipóteses feitas sobre o assunto;
- Identificar semelhanças e diferenças entre os hábitos alimentares dos alunos;
- Refletir sobre as sua ações diárias em relação a sua saúde, o que engloba cuidado e preservação com o meio ambiente e com a higiene;
- Valorizar atitudes relacionadas à saúde e ao bem estar individual e coletivo;
- Valorizar o momento reservado à alimentação. 


PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS (AÇÕES)

- Conversa e registro (desenhos) sobre a alimentação preferida das crianças;

- Registro dos alimentos mais consumidos na família;
- Identificação de semelhanças e diferenças entre hábitos alimentares dos alunos;
- Construção de charadas que misturem informações sobre formas, cores e tamanhos das frutas, verduras e legumes;
- Construção de jogo da memória a partir de imagens de frutas, verduras e legumes recortadas pelos alunos;
- Identificação de frutas, verduras e legumes através do olfato e tato, utilizando a caixa surpresa;
- Solicitar que cada aluno traga de casa uma fruta, verdura ou legumes e conversar sobre as preferências através da degustação;
- Trabalhar com recorte de frutas, verduras e legumes e pedir que os alunos construam um prato que represente uma alimentação saudável;
- Palestra com uma nutricionista;
- Visitar uma feira;
- Preparação e degustação de receitas saudáveis;
- Promover pesquisas na internet de figuras e dicas de alimentação saudável;
- Promover concursos de lanches saudáveis; 




















SUGESTÕES AULA A AULA

Procedimentos:

1ª aula: Assunto - Frutas

Salada de frutas para degustação

Pintura à dedo

Contagem de frutas, cores, tamanho


2ª aula: Assunto - Verduras

Confecção de carimbos com batata

Explorar com s verduras cores e texturas


3ª aula: Assunto - Legumes

Fazer com os alunos uma sopa utilizando cenoura, chuchu, beterraba, batata

Colagem com papel camurça.


4ª aula: Assunto: Rótulos

Trabalhar com os alunos rótulos de embalagens de alimentos

Utilizar as embalagens trazidas pelos alunos e montar um mural com informações de cada alimento.

5ª aula: Assunto: Hortaliças/ Higiene com os alimentos

Montar uma horta na escola

Junto com os alunos lavar os alimento e mostrar os cuidados que devemos ter com os alimento Lavar antes de comê-los, comer alimentos naturais e saudáveis.

Fazer a degustação de tomate, alface, cenouraAtividades de desenho.


6ª aula: Assuntos - Vitaminas

Explorar com os alunos as frutas que serão utilizadas na vitamina - banana e maçã.

Trabalhar a importância do leite no desenvolvimento da criança.


7ª aula: Alimentos não - saudáveis

Mostrar que alguns alimentos devem ser consumidos com moderação

Confeccionar um mural com esses alimentos e registrar os comentários no blocão

Exemplos de alimentos que devem ser consumidos com moderação: pirulito, chiclete, balas, doces, refrigerantes, entre outros.

8ª aula: Assunto - Derivados do Leite

Trazer para sala queijos, leite e iogurte e explorar a importância desses alimentos

Utilizar embalagens de leite e confeccionar brinquedos com os alunos.


9ª aula: Assuntos - Cereais e Massas

Explicar que alguns alimentos são importantes em nossa dieta, mas que devem ser consumidos uma vez ao dia.


10ª aula: Assunto - Higiene Pessoal

Explicar para os alunos que a higiene pessoal é necessária para se ter uma boa saúde

Trabalhar com os alunos os cuidados que devemos Ter: beber água filtrada, cortar as unhas, lavar sempre as mãos antes das refeições, escovar os dentes após as refeições, praticar esporte.


11ª aula: Assunto - Alimentação Saudável

Apresentação de teatro de fantoches

Mostrar tudo que foi trabalhado pelas professoras durante as aulas.


12ª aula: Assunto - Lanche Gostoso

Os alunos trarão um lanche nutritivo e saboroso para fazer um grande piquenique coletivo





Reflexão sobre leitura

E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender o que estão há tanto tempo tentando ensinar?


terça-feira, 20 de março de 2012

Como brincar com a criança autista


  • Em todas as brincadeiras, os olhos do adulto deverão estar no mesmo nível do olhar da criança.
  • “Vou pegar você” - brincar de “pegar”, fazer cócegas, abraçar. Repetir várias vezes e parar. Se a criança , de alguma forma, pedir que o adulto repita a brincadeira, o adulto deve repetir.
  • Imitar a ação da criança , usando dois brinquedos iguais (carros, chocalhos, objetos que rolem) . No início, fazer o movimento ao mesmo tempo que a criança, depois em turnos.
  • Soprar bolas de sabão
  • Pião – demonstrar para a criança, repetir, parar, esperar que ela peça por mais. No início, aceitar qualquer tentativa de comunicação.
  • Brinquedos com sons / luzes – deixar a criança explorar, depois brincar com ela, em turnos.
  • Fantoches de animais – o adulto deve fazer uma voz diferente; imitar o som do animal; dizer o nome do animal. O fantoche beija a criança, abraça, se esconde, dá tchau, bate palmas.
  • Músicas - aproveitar o interesse da criança e dançar com ela, segurando suas mãos, pulando, balançando, imitando os movimentos dela ( se a criança mais tarde imitar os seus, ótimo !).
  • Bola – jogar ou rolar para a criança e ensiná-la a jogar/ rolar a bola de volta (talvez sejam necessários dois adultos) . Quando ela souber jogar para outra pessoa, jogar outros brinquedos, como carrinhos.
  • Livro - mostrar figuras , apontando para a figura e para a criança, sucessivamente.
  • Surpresa! – coloque vários objetos/ brinquedos num saco e ao retirá-los, exagere a surpresa. Quando a criança se interessar, ela e o adulto retiram em turnos.
  • Surpresa! 2 - esconda objetos/brinquedos pela casa e procure-os com a criança. Quando encontrá-los, exagere a surpresa.
  • Imitar a criança em brincadeiras menos óbvias ( aqui também são necessários dois objetos ) : falar ao telefone, colocar o boné, colocar um objeto na cabeça, pentear o cabelo, brincar de “comidinha”etc.
  • Brincar com bonecos – dar comida, banho, pentear, colocar para dormir, sentar na cadeira, entrar na casa, sair etc. 

Dia Mundial do Autismo




Dia Mundial do Autismo
O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo foi instituído pela ONU em dezembro de 2007, que definiu a data de 2 de abril como marco da mobilização mundial para mostrar que há pessoas um pouco diferentes das outras, mas que, na sua essência, são tão humanas quanto todos.

Autismo é uma palavra desconhecida para muitos. Dessa forma o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo busca esclarecer o que vem a ser o Autismo e disseminar informações sobre a importância do diagnóstico e da intervenção precoce.

O que é Autismo?

É uma alteração cerebral que afeta a capacidade da pessoa se comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente. Algumas crianças apesar de autistas apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.

Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.

Causas

A causa do autismo não é conhecida. Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica).

Diagnóstico

Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças com autismo. O bebê desde o nascimento pode mostrar-se indiferente a estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua atenção prolongadamente por determinados itens. Por outro lado certas crianças começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para repentinamente transformar o comportamento em isolado. Contudo, podem se passar anos antes que a família perceba que há algo errado. Nessas ocasiões os parentes e amigos muitas vezes reforçam a idéia de que não há nada errado, dizendo que cada criança tem seu próprio jeito. Infelizmente isso atrasa o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado.

Não há testes laboratoriais ou de imagem que possam diagnosticar o autismo. Assim o diagnóstico deve feito clinicamente, pela entrevista e histórico do paciente, sempre sendo diferenciado de surdez, problemas neurológicos e retardo mental. Uma vez feito o diagnóstico a criança deve ser encaminhada para um profissional especializado em autismo, este se encarregará de confirmar ou negar o diagnóstico.

Tratamento

Para o autismo não há propriamente um tratamento, o que há é um treinamento para o desenvolvimento de uma vida tão independente quanto possível. Basicamente a técnica mais usada é a comportamental, além dela, programas de orientação aos pais. Quanto aos procedimentos são igualmente indispensáveis, pois os pais são os primeiros professores. Uma das principais tarefas dos pais é a escolha de um local para o treinamento do filho com autismo.


Características

A lista serve como orientação para o diagnóstico. Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.


Dificuldade em juntar-se com outras pessoas,
Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina,
Risos e sorrisos inapropriados,
Não temer os perigos,
Pouco contato visual,
Pequena resposta aos métodos normais de ensino,
Brinquedos muitas vezes interrompidos,
Aparente insensibilidade à dor,
Ecolalia (repetição de palavras ou frases),
Preferência por estar só; conduta reservada,
Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente,
Faz girar os objetos,
Hiper ou hipo atividade física,
Aparenta angústia sem razão aparente,

Esperanças de cura

Hoje mais do que antigamente há recursos para tornar as crianças autistas o mais independente possível. A intervenção precoce, a educação especial, o suporte familiar e em alguns casos medicações ajudam cada vez mais no aprimoramento da educação de crianças autistas. A educação especial pode expandir suas capacidades de aprendizado, comunicação e relacionamento com os outros enquanto diminui a freqüência das crises de agitação. Enquanto não há perspectiva de cura pode-se de acordo com o tratamento melhorar o desenvolvimento da qualidade de vida das crianças autistas.

Fonte: ABC da Saúde